quarta-feira, 17 de março de 2010

Gig com a banda Punk Amordazados (Ven) em Curitiba

Essas são as fotos do som na Ocupa "J 13 " em Curitiba, além do som houve uma troca de idéias sobre o anarco feminismo, com uma integrante do Coletivo de Ação Feminista. Na ocasião dia 27 de janeiro de 2010, a banda Punk Amordazados da Venezuela, tocou seu rock crust para o restrito, porém animado publico:
Para conferir as propostas do CAF, acesse: http://acaofeminista.blogspot.com/
Para curtir o som da Banda Amordazados: www.myspace.com/amordazados



A revolução vem sobre duas rodas (Relatos sobre atividades contraculturais em Curitiba)

Fotos da bicicletada em CWB


A bicicleta é a grande carruagem da contracultura, não há como negar. Por isso escolhi este título. Depois da Guarda do Embaú peguei uma carona e fui para Curitiba, já fazia algum tempo que queria conhecer o pessoal da Bicicletada de lá, porque particularmente sempre me interessei pelo perfil mais “lado B” que elxs apresentam. Acabei encontrando um instrutor de Yoga, de voz serena, ampla filosofia e muitas idéias revolucionárias.
Aos poucos foi me contando de como estavam as atividades por lá. Tive conhecimento de muitas ações positivas feita pela galera que movimenta a bicicletada de Curitiba, além é claro o de promover a bicicletada todo o ultimo sábado do mês há mais de três anos. Entre essas atividades me contou da polêmica ciclofaixa, quando no dia mundial sem Carro (22/09) de 2007, por volta de 50 pessoas participaram da pintura de uma faixa de pouco mais de 1,5 m de largura por algumas quadras da rua onde inclusive se localiza a Escola de Yoga e o coletivo de Arte Independente Interlux. Foi uma ação de intervenção na rua sem esperar “providências” do governo, então o governo resolveu punir os ativistas por crime ambiental (pixação) no mínimo irônico, não? O pessoal teve de organizar eventos beneficentes para arrecadar a grana e não foder com os três indiciados que pagaram de bode expiatório.
Pintura da ciclofaixa
Ciclofaixa e bicicleta ke arranjei emprestada
Outra experiência que achei interessante, foi a jardinagem libertária onde uma galera sái de bike e planta mudas de arvores pelas ruas do bairro, houve até a ativação de um terreno baldio, o espaço foi limpo e organizado, folhagem e flores foram plantadas, graffiteiros deram um toque de arte de rua no local, o antigo terreno abandonado virou lugar de lazer, recreação e reflexão para a comunidade, sendo batizado de Praça Pirata. Hoje a Praça não existe mais, devido aos olhos grandes do dono do lugar que se assustou quando viu “sua propriedade” servindo como algo útil ao invés de ser depósito de lixo, e decidiu trancar o lugar, só mais uma prova de que na vida em grandes cidades tudo é temporário e passageiro, mas o importante é nunca se entregar e resistir sempre, agindo sobre a realidade que sempre muda, um dia mudará em nosso favor.
Ainda tive tempo de ouvir oura histórias, com o plano das bicicletas brancas (uma campanha para arrecadar bicicletas em desuso, e distribuir a quem não tem), música para sair da bolha (músicos tocam em meio ao tráfego na hora do rush), arte bicicleta e mobilidade (o mês de setembro todo é feito atividades de recuperação dos espaços públicos), mas se você quiser saber com mais detalhes acesse: http://artebicicletamobilidade.wordpress.com/, http://bicicletadacuritiba.wordpress.com/ e http://transportehumano.wordpress.com/.
Depois de nossa conversa fui convidado a fazer uma prática de Yoga, e peguei uma bike emprestada. De bike pude conferir de perto a realidade da Cidade que se chama de modelo. Muitas favelas (claro, nem comparar com o que eu iria me deparar no Rio) longe do Centro que a propaganda não mostra, no trânsito o caos esperado para uma cidade grande, o lugar mais seguro para se andar de bicicleta é justamente onde se é proibido andar de bicicleta, que é pela canaleta do ônibus, parte da calçada é asfaltada para que se tenha a impressão de que existe uma ciclovia ali, e chamam de travessia compartilhada, mas é impossível andar por ali, pois o trafego de pedestre é muito intenso. Natureza só é visto no Jardim Botânico, e o sistema de transporte por ônibus, que parece ter saído de algum filme futurista de ficção científica, é realmente bem organizado e se torna possível percorrer quase que toda a Curitiba com apenas uma passagem, porém é um sistema extremamente alienante, onde as pessoas robotizadas quase se espancam no entra e sái dos tubos.
Tive outras experiências boas nessa cidade, com pessoas da hora, que lutam e assumem o compromisso de manter viva a cultura de resistência, anti-racista, anti-autoritária... Depois de 12 dias dei um tchau para Curitiba, deixando novxs amigxs e muita consideração por eles.
Fotos da frente e do interior da Escola de Yoga Ghovardana


segunda-feira, 15 de março de 2010

Resistencia na Guarda

Vista da Guarda do Embaú através da Pedra Do Urubú

Vale da Utopia

Resistência na Guarda

A Guarda do Embaú, localizada a 60 km de Florianópolis-SC, é um lugar de contemplação das belezas naturais que a Terra nos oferece, conhecida por malucxs da mais variadas culturas alternativas que sempre foram para lá buscar paz, tranqüilidade e re-conexão com a natureza, exemplo disso é o Vale da Utopia que fica entre a Guarda e a praia da Pinheira. Mas nos últimos tempos suas riquezas naturais tem sido atrativo para o turismo que tem transformado radicalmente a realidade do lugar.
A atividade do turismo, ao contrário do que fala a propaganda, não traz desenvolvimento algum à região. Durante a temporada a praia é ocupada por milhares de “gringxs” que chegam sem nenhum compromisso com o lugar, apenas na vontade de se divertir, largam uma lixarada nas ruas e nas trilhas, desrespeitado a rotina de interação com a natureza que aquele local preserva. Xs turistas acham que tem este direito pois possuem o poder=dinheiro.
Depois que passa a temporada xs nativxs são obrigadxs a conviverem com a nova realidade que se instalou por efeito do turismo, ou seja, um processo de urbanização da pequena localidade e um custo de vida mais caro. As grandes marcas fixam suas lojas e supermercados quebrando os pequenos negócios familiares, estipulam um preço único (monopólio) aos produtos, exigem uma adaptação a complexidade de uma aparente “vida urbana” criando necessidades que antes não faziam parte da vida daqueles habitantes, como: televisão, computador, carros, barcos modernos, etc. Muitas vezes essas ferramentas do sistema são mais caras do que a condição dxs nativxs, que em sua maioria vivem da pesca. Fazendo com que muitxs abandonem a localidade e saiam para as cidades, se transformar em mão-de-obra barata, vendam suas terras na praia para as pousadas de luxo, e na cidade engordam as periferias. Já as pousadas abrem grandes fendas na mata virgem e tornam a praia cada vez mais em um lugar para quem tem grana.
Em reação a isso, nos dias que estive passando por lá, pude conhecer uma importante iniciativa de resistência. Falo de uma recicladora que depois de mais de um ano parada foi reativada em dezembro de 2009 com o apoio de um parcero, que fez o caminho inverso, saindo da cidade de Caxias do Sul para se encontrar na Guarda. O Pro-Crep (Projeto Criar , Reciclar, Educar e Preservar) é uma ONG que foi criada por uma professora da rede pública de palhoça – SC, e que estava parada por falta de mão-de-obra, mas que aos poucos caminha como alternativa de renda para aquela comunidade. Paralelo a isso se faz presente o Reggae de Raiz que do seu jeito vai levando uma mensagem de anti-opressão, paz e respeito com a natureza.
recicladora do pró-crep
banda rutera de Caxias do Sul tocando na Ferrugem-SC
RasTimbre nativo da Guarda em parceria com a Natural Dread de Caxias
Links das bandas de reggae presentes esse verão na Guarda:

Breaking




Break Dance (B-boying, Popping e Locking), por convenção, chama-se todas essas danças de Break Dance ou B-Boying. Apesar de terem a mesma origem, são de lugares distintos e por isso apresentam influências das mais variadas. Desde o início da década de 60, quando a onda de música negra assolou os Estados Unidos, a população das grandes cidades sentia uma maior proximidade com estes artistas, principalmente por sua maneira verdadeira de demonstrar a alma em suas canções.O Bronx, notando que sua dança era menos chamativa que o Brooklyn-Rock já que este contava a participação de mais de um dançarino o confronto entre esses dois Up-Rockers era muito mais contundente que a de um Top-Rocker começou-se a experimentar novas concepções; com isso o Top-Rock rapidamente desceu para o chão criando-se o Floor-Rock (Dança de chão) ou Foot Work (Trabalhos dos pés). Essa dança consiste em praticamente se dançar o Top-Rocking em movimentos circulares de acordo com ritmo da musica logicamente com as mãos e pés no chão ao mesmo tempo. O término deste movimento chama-se de freeze (congelar); a força, rapidez e ousadia rapidamente suplantou o cenário Up-Rocking. A partir desse momento todos queriam fazer Foot Work não importando se fosse Up ou Top-Rocker.Vários grupos aderiram ao break, os grupos são denominados de "crew" que em inglês significa tripulação, o que hoje parece moda vai muito além de vestir uma roupa ou um boné e sair por ai dizendo "sou do break ou sou do hip hop" a cultura é na verdade uma manifestação do movimento hip hop. Por isso, deve-se aprender as técnicas necessárias e, para que não haja acidentes é importante começar com alguém que saiba fazer os movimentos corretos.

Bicicletada Cxs



A bicicletada em Caxias do Sul teve sua primeira edição no mês de junho de 2008 e hoje já fazem mais de um ano que todo o ultimo domingo as ruas da cidade são invadidas pelas bikes. Atraindo a simpatia de muitos assim como a antipatia de muitos motoristas... Mais sempre seguiremos pedalando e gritando: "Um Carro a Menos!!"
O que é a Bicicletada?A Bicicletada é um movimento no Brasil e em vários páíses do mundo inspirado na Massa Crítica, onde ciclistas se juntam para reinvidicar seu espaço nas ruas.Não existe um objetivo central, mais diversos objetivos sempre decididos pelos participantes. No entanto um mote em geral une os participantes.A Bicicletada serve para divulgar a bicicleta como um meio de transporte, criar condições favoráveis para o uso deste veículo e tornar mais ecológicos e sustentáveis os sistemas de transporte de pessoas, principalmente no meio urbano.A Bicicletada, assim como a Massa Crítica, não tem líderes ou estatutos, o que leva a variações de postura e comportamento de acordo com os participantes de cada localidade ou evento.Dentre a pluraridade de motes, está o lema "um carro a menos", usado principalmente para tentar obter um maior respeito dos veículos motorizados que trafegam nas ruas saturadas das grandes cidades.Outro slogan levantado é o "Nós somos o trânsito".A idéia é deixar claro aos motoristas que a bicicleta é apenas mais um componente da mobilidade urbana e que merece o devido respeito.partidarios com seus discursos mascarados não percam seu tempo....... ( pois a massa é critica)
Aì estão algumas fotos da Bicicletada na cidade, mais informações visite: http://www.bicicletada.org/ ou para entrar em contato com o movimento em Caxias escreva para: bicicletadacxs@hotmail.com

Prefeitura licencia crime ambiental no Arroio Marrecas




A prefeitura de Caxias do Sul anunciou no ano de 2008 o desejo de construir mais uma represa de abastecimento para a cidade. A construção está prevista para acontecer no Arroio das Marrecas em Vila Seca. Porém a obra já está gerando muita polêmica antes mesmo de ser começada.Os moradores da região estão preocupados com a devastação ambiental e cultural que esta obra acarretará. A Prefeitura em busca de argumentos que legitimem a construção da barragem encomendou um Estudo de Impacto Ambiental (EIA-RIMA), feito por estudantes e professores da UCS. Este estudo apresenta as condições da região como a mais ideal neste momento para abrigar uma obra deste porte. Porém uma Comissão formada por moradores da região contesta o resultado do estudo. Segundo a Comissão, o EIA não apresenta alternativas tecnológicas e nem de localização para esta barragem. No estudo feito pela UCS, fora omitido o número real de arvores protegidas que serão cortadas, por exemplo: o xaxim, a figueira e a araucária. A obra ocupará em torno de 500 hectares, mais de 90% desta área é coberta por vegetação que será inundada.Ainda acerca do estudo, foi ignorada a presença de mamíferos ameaçados (cotia, paca, veado, etc.), e em nenhum ponto do EIA se faz referência a Implantação de uma Estação Ecológica, nem área alguma para reposição das árvores cortadas. Tal medida é uma determinação prevista em lei, onde é obrigatório o plantio de 15 mudas para cada exemplar cortado, considerando o número de árvores existentes na região é impensável uma área que suportasse a quantidade de mudas a serem repostas.Além do desastre ambiental que esta represa representa, ainda será necessária a remoção de moradores. Essa medida trará um grande impacto econômico e cultural para o distrito. Muitas das famílias a serem retiradas são produtoras, e ainda outras que preservam o estilo de vida do campo, e por toda a vida lidaram com a agricultura, provavelmente terão de abandonar a tranqüilidade pelo estresse da cidade grande, ainda a perigo de engordarem a fila dos desempregados.O temor de todxs é que em época de Campanha Eleitoral a obra só sirva para angariar votos. Considerando que pesquisas recentes revelaram que 60% da água tratada pelo SAMAE se perde em vazamentos do encanamento, somente este dado é suficiente para invalidar esta barragem que terá uma vida útil inferior a 15 anos, e um gasto com sua construção acima dos 140 milhões de reais. O que não podemos aceitar é que interesses políticos se sobreponham aos da comunidade, ao meio ambiente, enfim a toda a Terra.Até quando assistiremos omissos a destruição de nosso ecossistema? Já esquecemos das mais de 600 árvores cortadas irregularmente pela prefeitura nos pavilhões da festa da Uva? E depois das Marrecas qual será o próximo alvo? Santa Lucia do Piai? Criúva? Lajeado Grande?Reflita...Mais informações na web: www.marrecas.org

Feira de Escambo na UC$







Rola na UCS toda a ultima semana do Mês no Bloco H, uma intervenção de arte marginalizada, e "economia" ecológica. É a "Feira do escambo" . A ideia é que as pessoas tragam materiais usados para a troca e posterior reutilização, atraindo a curiosidade de vários e retirando-os do estado semi-condicional de indiferença plena pelo cotidiano. As fotos acima são da primeira feira do escambo que aconteceu em agosto de 2008 , a CreW de B. Boys "Joker", entrou no meio da galera e começou a puxar uns passos do break, em pouco tempo estava formada a roda e todxs curtiram a intervenção da gurizada, que mostrou um pouco da cultura da periferia na "cidade do saber", mostrando que a maior sabedoria é sempre ter em mente que se há muito ainda o que aprender com todxs.