Fotos da bicicletada em CWB
A bicicleta é a grande carruagem da contracultura, não há como negar. Por isso escolhi este título. Depois da Guarda do Embaú peguei uma carona e fui para Curitiba, já fazia algum tempo que queria conhecer o pessoal da Bicicletada de lá, porque particularmente sempre me interessei pelo perfil mais “lado B” que elxs apresentam. Acabei encontrando um instrutor de Yoga, de voz serena, ampla filosofia e muitas idéias revolucionárias.
Aos poucos foi me contando de como estavam as atividades por lá. Tive conhecimento de muitas ações positivas feita pela galera que movimenta a bicicletada de Curitiba, além é claro o de promover a bicicletada todo o ultimo sábado do mês há mais de três anos. Entre essas atividades me contou da polêmica ciclofaixa, quando no dia mundial sem Carro (22/09) de 2007, por volta de 50 pessoas participaram da pintura de uma faixa de pouco mais de 1,5 m de largura por algumas quadras da rua onde inclusive se localiza a Escola de Yoga e o coletivo de Arte Independente Interlux. Foi uma ação de intervenção na rua sem esperar “providências” do governo, então o governo resolveu punir os ativistas por crime ambiental (pixação) no mínimo irônico, não? O pessoal teve de organizar eventos beneficentes para arrecadar a grana e não foder com os três indiciados que pagaram de bode expiatório.
Aos poucos foi me contando de como estavam as atividades por lá. Tive conhecimento de muitas ações positivas feita pela galera que movimenta a bicicletada de Curitiba, além é claro o de promover a bicicletada todo o ultimo sábado do mês há mais de três anos. Entre essas atividades me contou da polêmica ciclofaixa, quando no dia mundial sem Carro (22/09) de 2007, por volta de 50 pessoas participaram da pintura de uma faixa de pouco mais de 1,5 m de largura por algumas quadras da rua onde inclusive se localiza a Escola de Yoga e o coletivo de Arte Independente Interlux. Foi uma ação de intervenção na rua sem esperar “providências” do governo, então o governo resolveu punir os ativistas por crime ambiental (pixação) no mínimo irônico, não? O pessoal teve de organizar eventos beneficentes para arrecadar a grana e não foder com os três indiciados que pagaram de bode expiatório.
Pintura da ciclofaixa
Ciclofaixa e bicicleta ke arranjei emprestada
Outra experiência que achei interessante, foi a jardinagem libertária onde uma galera sái de bike e planta mudas de arvores pelas ruas do bairro, houve até a ativação de um terreno baldio, o espaço foi limpo e organizado, folhagem e flores foram plantadas, graffiteiros deram um toque de arte de rua no local, o antigo terreno abandonado virou lugar de lazer, recreação e reflexão para a comunidade, sendo batizado de Praça Pirata. Hoje a Praça não existe mais, devido aos olhos grandes do dono do lugar que se assustou quando viu “sua propriedade” servindo como algo útil ao invés de ser depósito de lixo, e decidiu trancar o lugar, só mais uma prova de que na vida em grandes cidades tudo é temporário e passageiro, mas o importante é nunca se entregar e resistir sempre, agindo sobre a realidade que sempre muda, um dia mudará em nosso favor.
Ainda tive tempo de ouvir oura histórias, com o plano das bicicletas brancas (uma campanha para arrecadar bicicletas em desuso, e distribuir a quem não tem), música para sair da bolha (músicos tocam em meio ao tráfego na hora do rush), arte bicicleta e mobilidade (o mês de setembro todo é feito atividades de recuperação dos espaços públicos), mas se você quiser saber com mais detalhes acesse: http://artebicicletamobilidade.wordpress.com/, http://bicicletadacuritiba.wordpress.com/ e http://transportehumano.wordpress.com/.
Depois de nossa conversa fui convidado a fazer uma prática de Yoga, e peguei uma bike emprestada. De bike pude conferir de perto a realidade da Cidade que se chama de modelo. Muitas favelas (claro, nem comparar com o que eu iria me deparar no Rio) longe do Centro que a propaganda não mostra, no trânsito o caos esperado para uma cidade grande, o lugar mais seguro para se andar de bicicleta é justamente onde se é proibido andar de bicicleta, que é pela canaleta do ônibus, parte da calçada é asfaltada para que se tenha a impressão de que existe uma ciclovia ali, e chamam de travessia compartilhada, mas é impossível andar por ali, pois o trafego de pedestre é muito intenso. Natureza só é visto no Jardim Botânico, e o sistema de transporte por ônibus, que parece ter saído de algum filme futurista de ficção científica, é realmente bem organizado e se torna possível percorrer quase que toda a Curitiba com apenas uma passagem, porém é um sistema extremamente alienante, onde as pessoas robotizadas quase se espancam no entra e sái dos tubos.
Tive outras experiências boas nessa cidade, com pessoas da hora, que lutam e assumem o compromisso de manter viva a cultura de resistência, anti-racista, anti-autoritária... Depois de 12 dias dei um tchau para Curitiba, deixando novxs amigxs e muita consideração por eles.
Tive outras experiências boas nessa cidade, com pessoas da hora, que lutam e assumem o compromisso de manter viva a cultura de resistência, anti-racista, anti-autoritária... Depois de 12 dias dei um tchau para Curitiba, deixando novxs amigxs e muita consideração por eles.
Fotos da frente e do interior da Escola de Yoga Ghovardana
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